REDE ARGENTINA COMPRA US$ 370 MIL EM CALÇADOS BRASILEIROS



REDE ARGENTINA COMPRA US$ 370 MIL EM CALÇADOS BRASILEIROS

A crise doméstica argentina não está sendo suficiente para frear as importações de calçados brasileiros naquele país. Prova disso é a previsão de compra de mais de US$ 370 mil em calçados brasileiros anunciada pela rede de lojas Falabella, da Argentina, durante o Salão Internacional do Couro e do Calçado (SICC), feira que aconteceu em Gramado/RS entre os dias 23 e 25 de maio. A participação dos hermanos foi viabilizada através do Brazilian Footwear, programa de incentivo às exportações do setor mantido pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

 

Com três compradores, dos segmentos de calçados femininos, masculinos e infantis, a rede de lojas argentina comprou, in loco, mais de cinco mil pares de calçados por US$ 50 mil, número que deve ser somado a mais de US$ 320 mil em negócios que ficaram alinhavados durante o evento. “Os compradores elogiaram as coleções apresentadas e apontaram a qualidade dos materiais, força de marca e certificação de conforto como grandes destaques”, resume a coordenadora de Promoção Comercial da Abicalçados, Letícia Sperb Masselli. Segundo ela, o dólar valorizado permite que o calçado brasileiro alcance um preço mais competitivo o que, somado à qualidade do produto, auxilia nas negociações.

 

Mercado

Apesar da recessão econômica pela qual passa a Argentina, o novo governo de Maurício Macri tem aberto o mercado para os calçados brasileiros, possibilitando o aumento das exportações do produto para aquele país. Entre janeiro e abril, os hermanos importaram mais de 2 milhões de pares por US$ 25,73 milhões, 52% mais do que no mesmo período de 2015.

 

SICC

Com 1,2 mil marcas, o SICC apresentou as coleções de primavera-verão para milhares de lojistas de todo o Brasil, além de centenas de importadores, a maior parte da América do Sul. A feira calçadista vem crescendo nos últimos anos e, mesmo em meio à recessão econômica brasileira, foi considerada satisfatória pela organização. "Não foi fácil chegarmos a essa 25ª edição. Tivemos muitos entraves, mas hoje vemos com alegria o sucesso de mais uma feira", avalia Frederico Pletsch, diretor da feira.