ABIMO E APEX-BRASIL RENOVAM PROJETO BRAZILIAN HEALTH DEVICES



ABIMO E APEX-BRASIL RENOVAM PROJETO BRAZILIAN HEALTH DEVICES

Anualmente, o mercado testemunha investimentos milionários em processos e tecnologias que visam baratear os meios de produção e melhorar a qualidade dos produtos oferecidos aos mercados interno e externo com o objetivo de melhorar o diferencial competitivo e expandir os negócios.

No entanto, contingenciar cifras milionárias não é garantia de crescimento nas vendas ou expansão de mercado. O trabalho por meio de agências de fomento e a parceria com órgãos governamentais, como Câmaras de Comércio, é fundamental a fim de preparar as empresas para enfrentar as peculiaridades de cada mercado.

De olho nas demandas apresentadas pela indústria nacional e pelo mercado externo, a missão do projeto setorial Brazilian Health Devices BHD), executado pela ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios) em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), vem sendo, há 16 anos, preparar empresas brasileiras para exportação ou a internacionalização.

No dia 4 de dezembro, a ABIMO e a Apex-Brasil, reuniram, em São Paulo, executivos da indústria de saúde para oficializar a renovação do convênio do projeto Brazilian Health Devices. A iniciativa, planejada para o biênio 2018 e 2019, injetará R$27,7 milhões com vistas a fomentar a exportação e internacionalização de empresas fabricantes e desenvolvedoras de produtos médico-hospitalares, laboratoriais, de reabilitação e de odontologia, bem como apresentará mais de 50 ações para as empresas participantes do BHD, que vão desde ações estruturantes para apoiar as empresas em questões regulatórias internacionais até organização de missões e feiras internacionais. 

De acordo com o superintendente da ABIMO, Paulo Henrique Fracaro, a renovação dessa parceria, que ocorre desde 2002, completa a missão da entidade de abrir as portas do mundo para tornar as empresas exportadoras. Quando se tem uma empresa preparada para o mercado internacional, sem dúvida, ela também estará preparada para competir com fornecedores internacionais dentro do mercado nacional.

Entre as ações promovidas pelo projeto, que serão gradualmente lançadas ao longo dos anos, estão a criação de oficinas de capacitação em mercados-alvo e a realização de missões de cultura exportadora para empresas, que ocorrerão concomitantemente a grandes feiras internacionais.

Outra ação que chamou a atenção das indústrias que participaram da apresentação foi o desenvolvimento de novas ferramentas de inteligência comercial. A partir de janeiro, a ferramenta utilizada será a VBS de matchmaking ativo para prospecção de clientes internacionais. 

“Essa iniciativa é diferente de tudo que fizemos até agora. Este é o momento de traçarmos estratégias mais agressivas com o objetivo de mostrar para a indústria onde os projetos de exportação das empresas brasileiras podem mudar para melhor”, ressalta a gerente de projetos da ABIMO, Clara Porto. 

As missões comerciais planejadas para o biênio 2018-2019 contemplam países da Ásia, do Oriente Médio e da América Latina, além da participação em feiras internacionais como a Medica, na Alemanha, e a Arab Health, nos Emirados Árabes Unidos. 

Entre as iniciativas comtempladas pelo projeto está a Política de Segmentação, desenvolvida e vigente desde 2013, que prepara as indústrias e fomenta a cultura da exportação. Alguns exemplos das políticas pensadas são a implementação da classificação das empresas de acordo com a maturidade exportadora, a otimização do uso de recursos direcionados às atividades de internacionalização do setor, a melhoria na qualidade das ações, a gestão das empresas associadas ao BHD e a adequação das ações às necessidades de cada empresa. 

De acordo com o projeto, a classificação das empresas ficou da seguinte forma: exportadoras iniciantes, exportadoras intermediárias, experientes e internacionalizadas. 

Enfrentando a burocracia
Outro destaque da iniciativa é a criação de uma ferramenta de estratégia regulatória que apresenta informações regulatórias dos principais mercados internacionais. Segundo o gerente de estratégia regulatória da ABIMO, Joffre Moraes, o BHD reunirá os dados fornecidos pelas empresas e avaliará as demandas da indústria para o desenvolvimento de programas de qualificação e capacitação. 

“Sabemos que o mercado internacional vem se capacitando de maneira extremamente agressiva, e os governos vêm tomando medidas protecionistas, bem como criando barreiras sanitárias e restrições técnicas. Então, quanto mais bem capacitadas nossas indústrias estiverem, maior será a competitividade internacional”, acrescenta Moraes. 

Expectativas em alta

Com metas consistentes e realistas, nos próximos dois anos o projeto pretende contribuir com US$ 110 milhões e US$ 128 milhões respectivamente. Além dos valores exportados, o BHD também quer aumentar o número de indústrias participantes para 162 em 2018 e 180 em 2019. 

Em 2016, as estimativas são de que o projeto movimente US$ 80,7 milhões em exportações, envolvendo 113 empresas exportadoras, e atinja 145 empresas participantes. 

Para o gestor de projetos da Apex-Brasil, Gabriel Isaacsson, esse novo projeto apresenta novidades interessantes e excelentes oportunidades para a indústria. “Com muita satisfação renovamos essa parceria, que chega à sua oitava edição. Acreditamos que nossos projetos devem ir além da exploração tradicional do mercado.” 
 

SOBRE O BRAZILIAN HEALTH DEVICES

O PS (Projeto Setorial) Brazilian Health Devices, executado pela ABIMO em parceria com a Apex-Brasil, tem como missão fomentar as exportações das indústrias de artigos e equipamentos da área da saúde. Brazilian Health Devices é a marca que reúne as indústrias exportadoras do setor e as representa internacionalmente.